quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Corrida De cavalos

Resumo:
O capítulo X começa com o fim do encontro de Carlos com Gouvarinho e revela que Carlos já se sente farto desta: “E nessa tarde, como não havia ainda outro esconderijo, tinham abrigado os seus amores dentro daquela tipóia de praça. Mas Carlos vinha de lá enervado, amolecido, sentindo já na alma os primeiros bocejos da saciedade. Havia três semanas apenas que aqueles braços perfumados de verbena se tinham atirado ao seu pescoço – e agora, pelo passeio de S.Pedro de Alcântara, sob o ligeiros chuvisco que batia as folhagens da alameda, ele ia pensando como se poderia desembaraçar da sua tenacidade, do seu ardor, do seu peso…”.
Quando, depois, Carlos ia a descer a rua de S.Roque, encontrou o marquês. Durante a conversa, Carlos apercebeu-se que a corrida tinha sido antecipada para o próximo Domingo. Maia ficou contente pois daí a cinco dias iria, finalmente, conhecê-la.
Enquanto Carlos e o marquês vão falando das corridas, Maria Eduarda passa no seu coupé… “Carlos olhou, casualmente; e viu, debruçado à portinhola, um rosto de criança, de uma brancura adorável, sorrindo-lhe, com um belo sorriso que lhe punha duas covinhas na face. Reconheceu-a logo. Era Rosa, era Rosicler: e ela não se contentou em sorrir, com o seu doce olhar azul fugindo todo para ele – deitou a mãozinha de fora, atirou-lhe um grande adeus. No fundo do coupé, forrado de negro, destacava um perfil claro de estátua, um tom ondeado de cabelo loiro. Carlos tirou profundamente o chapéu, tão perturbado, que seus passos hesitaram. “Ela” abaixou a cabeça, de leve;”.
No fim de ver passar o coupé, Carlos e o marquês dirigem-se ao Ramalhete; Maia, pelo caminho, vai traçando um plano para se encontrar com Maria Eduarda. Chegando ao Ramalhete juntam-se todos.
Durante o jantar Carlos vai contar o seu plano para conhecer Castro Gomes a Dâmaso: este levá-los-ia até aos Olivais para lhe mostrar a colecção de Craft e em seguida jantariam no Ramalhete.
Depois do sarau no Ramalhete, chega o dia das corridas. Carlos vai ao hipódromo na esperança de ver Maria Eduarda, mas fica desiludido pois ela não aparece.
É Domingo, um dia quente com o céu azul, no Hipódromo Carlos fala com a sua velha amiga D.Maria da Cunha e conhece Clifford, que era o dono do cavalo que tinha mais expectativas de ganhar e foi por causa dele que as corridas foram antecipadas.
Entretanto, a Gouvarinho diz a Carlos que seu pai faz anos e ela tem de ir ao Norte. Combina então com ele para se encontrarem na estação e seguirem juntos no comboio ate Santarém onde passariam a noite juntos; depois, ela seguiria até ao Porto e ele regressava a Lisboa. Carlos hesita.
Houve algumas complicações durante a prova que causaram a desordem – página 329/330.
Carlos, para animar as corridas, decide apostar e, surpreendentemente, acaba por ganhar muito dinheiro.
Aqui podemos aplicar o provérbio “Sorte no jogo, azar no amor”… Este é o primeiro presságio do capítulo: “- Ah, monsieur – exclamou a vasta ministra da Baviera, furiosa – mefiez-vous… Vous connaissez le proverbe: heureux au jeu…”
Entretanto, Carlos vai falar com Dâmaso. Este conta-lhe que Castro Gomes partiu para o Brasil e que Maria Eduarda está num apartamento no prédio do Cruges.
Em seguida, Carlos arranja a desculpa de querer falar com Cruges para ver Maria Eduarda. Mas, quando chega, ao prédio, felizmente, a criada diz que Cruges não está; Carlos acaba também por não ver Maria Eduarda.
Carlos regressou ao Ramalhete, conversando com Craft dá-se o segundo pressagio…
“- A gente, Craft, nunca sabe se o que lhe sucede é, em definitivo, bom ou mau.
-Ordinariamente é mau.”

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