O teatro épico é produto do forte desenvolvimento
teatral na Rússia, após a Revolução Russa de 1917, e na Alemanha, durante o período da República
de Weimar, tendo como seus principais iniciadores o
diretor russo Meyerhold e o
diretor teatral alemão Erwin Piscator. Nesse tempo, as cenas épicas alemãs
recebiam o nome de cena Piscator, dado o extensivo uso de cartazes e projeções
de filmes nas peças dirigidas por Piscator. No entanto, o grande propagandista
do teatro épico foi Bertolt
Brecht.
A catarse perde seu espaço na conceção teatral épica. Não cabe
envolver o espectador em uma manta emocional de identidade com o personagem e
fazê-lo sentir o drama como algo real, mas sim despertá-lo como um ser social.
Segundo Brecht, a catarse torna o homem passivo em relação ao mundo e o ideal é
transformá-lo em alguém capaz de enxergar que os valores que regem o mundo
podem e devem ser modificados.
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