Ambos
os episódios são naturalistas e descrevem “cousas
do mar” que os sábios não
entendem mas que Vasco da Gama e a sua tripulação presenciaram. Camões faz uma
breve referência a este “lume vivo“ salientado que os olhos dos marinheiros não
os enganavam pelo uso de um pleonasmo do verbo ver = “Vi, claramente visto, o lume vivo”.
Este
fogo aparece na extremidade dos mastros e vergas dos navios em altura de
tempestade, e que resulta de descargas eléctricas.
A
tromba marítima é reflectida como um enorme tubo que aumentava em direcção ao
céu, partia de um “vaporzinho”,
adensava-se chupando a água das ondas para uma nuvem que se carregava para
esvaziar uma violenta chuvada sobre o oceano.
É
feita a descrição em pormenor da formação da tromba de água, e nas duas últimas
estrofes, o poeta salienta que os marinheiros por experiência própria, têm mais
capacidades de explicar estes fenómenos naturais, do que os sábios que o fazem
por meio de obras escritas, teóricas.
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